Talvez isso ajude. Trabalho de Sociologia 2009


O ser humano, como todo ser existente, tem desejo intenso pela vida, isto é, de continuar vivo; sobreviver. Ele se diferencia dos animais neste ponto por estar em busca do progresso constantemente e por questionar a vida. Pode ser que este questionamento seja descartável - principalmente quando trata-se de desenvolvimento. A vida em si, merece ser vivida. Segundo as idéias existencialistas, o homem está vivo e essa é a essência dele; o que vier depois será provocado por ele, ansiado por ele, etc. Não há como fugir do fato de estar vivo, enquanto estiver vivo.

Não há, contudo, como fugir do desejo de continuar vivo – ou do medo da morte. O ser humano, então, criou um artifício importante para isto: o desenvolvimento de sua essência. O desenvolvimento do ser, provocado pelo próprio, possibilita que haja um modo de vida mais favorável. O homem estará sempre procurando pelo futuro, apesar de não conseguir vê-lo nem tocá-lo. Estará, sobretudo, organizando seu presente para sobreviver no futuro. É a isso que deve o progresso e todos os esforços da “raça” humana.

Sobre o conceito de raça humana, há uma passagem importante a estudar, que é a passagem da sua natureza para a cultura. Natureza, na antropologia, é a condição do homem anteriormente à condição da vida social coletiva. O que se conhece da forma de pensar do homem primitivo é devido aos rastros que deixou no mundo: o modo de vida deste ser, que agia apenas por instinto animal – apenas pelo que o corpo necessita. Depois percebe-se o lento sinal de aprimoramentos, seja com invenções ou descobertas; seguido por uma evolução notável de seus costumes para com seus companheiros, que passaram a se compreender (de certo modo) e exigir elementos abstratos e concretos, por exemplo, algumas formas de respeito, moralidade, valor material, conhecimentos, etc.

Segundo as obras de Stanley Kubrick e Albert Camus, que mostravam o comportamento da sociedade humana, cada indivíduo é imposto a seguir certos valores como obrigação com a sociedade. Em “2001 - Uma Odisséia no Espaço”, são apresentados dois cenários; o da população na Terra e dos representantes dela na Lua – os astronautas e a máquina – estes tinham um dever para a população, eram obrigados a ter tudo sob controle e nunca falhar. A obra “O Estrangeiro” não é muito diferente, mostra o modo de pensar de um indivíduo e o modo de agir da sociedade.

Nas duas obras também é possível analisar um julgamento da vida e uma das principais questões mais angustiantes do homem. Apresenta-se um certo julgamento do ser vivo. Em uma obra, o protagonista é julgado pela sociedade por ter errado, e é condenado à morte; na outra obra, a máquina que falha à visão do astronauta, e é imediatamente desligada. Estas passagens questionam o sentido da vida com grande intensidade. E no final de cada obra é provocada uma certa angústia do que será o futuro. É imposto ao crítico o pensamento de que não é possível saber mais do futuro, e que continuaremos vivendo com isso, como uma rotina. Apenas nós podemos defini-lo.

Para o desenvolvimento, é necessário um certo equilíbrio da economia. A economia equilibrada seria um sistema organizando de produção, distribuição e consumo de bens. Porém, o que se passa nos dias de hoje é totalmente o contrário: a economia passou a ser irracional, e alheia ao desenvolvimento social. Sobre o futuro próximo, há um grande dilema entre a economia atual e o biocídio, que é o extermínio dos organismos (e seres humanos). 

O futuro dos seres humanos quem projeta são os próprios. E o sentido da vida também é proposto pelos homens.

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