Interior

O belo que me mantém viva
depositei em ti como economia
As cores que necessito também
vinham sempre contigo
Melodias que me traduzem
estavam já em seu compôr

Me restou uma casca incompleta
vazia incolor inaudível
Que carregavas por aí
neste meu amar compulsivo
Triste de dor pela perda
constante sem rumo de mim

Que espelho é esse
que criei em imagens virtuais
Livre do tato, do sensível 
que é esse ser que quero ter?
Ou é o que quero ser?



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